Ingressar no ensino superior é um dos marcos mais importantes na vida académica de qualquer estudante. Se te vais candidatar ao ensino superior este ano, aqui ficam algumas coisas que precisas de saber.
1. Escolhe o curso (e a instituição) com cabeça, tronco e vocação
Antes de te preocupares com as notas, exames e disciplinas específicas, é fundamental saberes o que queres estudar. Para te ajudar nesta escolha, vale a pena fazer um exercício honesto: o que gostas realmente de aprender? Que áreas te despertam curiosidade? Preferes algo mais técnico ou mais teórico? Entre essas áreas, quais têm melhor empregabilidade?
Se não tens a certeza daquilo que queres estudar, os testes psicotécnicos podem ser uma excelente forma de ajudar a perceber quais são as tuas aptidões naturais. Depois de identificares algumas áreas de interesse, pesquisa os cursos disponíveis nas universidades e politécnicos portugueses.
O índice de cursos da Direção-Geral do Ensino Superior é uma ferramenta essencial para esse processo. Podes consultar a lista de cursos, as notas de candidatura dos anos anteriores e os exames de entrada. Na Fixando, também podes encontrar um serviço de aconselhamento de admissão às faculdades para fazer testes psicotécnicos e selecionar os melhores cursos.
2. Prepara os exames e procura explicações para o ensino superior
A entrada para a universidade tem de ser preparada com antecedência. Para entrar no curso que quer não só precisas de ter uma boa média do ensino secundário, também precisas de ter boa nota nos exames das disciplinas que vais usar para te candidares. Portanto, é essencial levar a preparação dos exames nacionais a sério.
Em alguns cursos, como Medicina, Engenharia Aeroespacial ou Arquitetura, cada décima conta – especialmente em universidades mais concorridas. Por isso, se sabes que precisas de reforço em disciplinas-chave como Matemática, Física ou Biologia, investir em explicações pode ser decisivo para conseguires entrar no curso dos teus sonhos.
No caso de teres interresse num curso que pede disciplinas às quais não ias exame (por exemplo, Filosofia) ou para as quais não estavas matriculado (por exemplo, Inglês), podes fazer o exame como aluno autoproposto. Nesse caso, deves contactar a secretaria da escola para te increveres no exame e tens de preparar o exame sozinho.
Em qualquer caso, podes encontrar explicações para o ensino superior na Fixando. As explicações ajudam a consolidar conhecimentos, a treinar a resolução de exames e a ganhar confiança. Os explicadores conhecem os “truques” dos exames, apontam armadilhas comuns e ensinam a gerir o tempo da prova com eficácia.
3. Conhecer o processo de admissão à faculdade
Agora que já sabes o curso que queres tirar e as disciplinas de que vais precisar, convém pensar a que universidades te podes candidatar. Consulta o site da DGES para saber como é calculada a nota de candidatura. Dependendo da universidade e do curso, a nota de candidatura resulta de uma fórmula que inclui a média do secundário (que vale até 50%) e as notas dos exames nacionais (em geral, 35% ou 50%).
Se as tuas notas dos exames não foram boas, não é vantajoso concorrer às universidades que dão mais peso aos exames do que à média interna. Ainda assim, lembra-te que te podes candidatar até 6 cursos por fase. Serás colocado na primeira opção para a qual tens nota de entrada, por isso ordena bem todas as opções.
Se não entrares na primeira fase, podes tentar novamente na segunda ou terceira, com novas opções ou reforçando as anteriores. Nada te impede de ir à segunda fase dos exames para melhorar a tua nota, especialmente se tiveres explicações entretanto.
4. Candidaturas especiais e outras vias de acesso
Nem todos entram no ensino superior pela via tradicional. Há também vagas especiais para maiores de 23 anos, para alunos internacionais, para quem quer mudar de curso e para pessoas que já têm licenciaturas, entre outros casos. Se pertences a algum grupo com acesso específico, informa-te junto dos serviços académicos da instituição de interesse.
Há ainda dois contingentes prioritários para a Madeira e para os Açores, que permitem aos estudantes das regiões autónomas aceder a 3.5% das vagas da primeira fase do concurso nacional. Na Madeira, os candidatos oriundos da região também beneficiam de prioridade na colocação na Universidade da Madeira. Por isso, explora todas as hipóteses!
Entrar no ensino superior em Portugal exige boas notas nos exames e conhecer bem as regras do concurso nacional de acesso. Recomendamos que confirmes toda a informação sobre o curso na DGES para perceber em que disciplinas apostar. Se for preciso, procura explicações para preparar os exames nacionais ou para melhorar as tuas notas. Boa sorte!
