Não sabe, não invente: meditar

De certeza que já ouviu falar nos benefícios da meditação. E talvez até já tenha pensado em tentar! Afinal, não pode ser assim tão difícil, não é? Qualquer pessoa se pode sentar, ficar em silêncio e meditar, certo? Ou será que não é assim tão simples? Hoje, vamos explicar porque é que sim, a meditação faz bem e porque é que não, não é algo que deva fazer sozinho!

Quais são os efeitos da meditação?

Os efeitos na meditação são bem conhecidos, tanto a nível físico como emocional. Vejamos com mais atenção todos os benefícios da meditação:

  • ajuda a regular a pressão arterial e a frequência cardíaca
  • estimula o nosso sistema imunitário e aumenta as nossas defesas;
  • como induz um estado de relaxamento, pode ajudar a aliviar dores;
  • melhora a higiene do sono e é benéfico para quem sofre de insónia;
  • intensifica a capacidade de prestar atenção e memória funcional;
  • o mindfulness é eficaz para quem sofre de stress, ansiedade e depressão.

Aliás, o mindfulness pode ser tão eficaz quanto a terapia cognitivo-comportamental, que é uma das abordagens mais comuns para tratar a depressão e a ansiedade. Isto acontece porque a meditação altera – de uma forma que ainda não compreendemos totalmente – o funcionamento do nosso cérebro.

Mas o mais fascinante, de acordo com os últimos estudos, é que essas alterações não ocorrem apenas durante o estado meditativo. Pelo contrário, os processos de activação cerebral, especialmente na região que controla as emoções, permanecem estáveis. Essas alterações baixam o nível de stress e mudam a percepção que temos de nós próprios.

Mas essas podem não ser as únicas alterações que a meditação provoca no nosso corpo. Outros estudos demonstram que quem medita há muito tempo preserva melhor a massa cinzenta, o que faz com que consigam processar melhor a informação e a linguagem à medida que envelhecem. Portanto, pode ajudar a prevenir a demência. 

Então, qual é a dificuldade?

Agora, a grande questão é como entrar nesse estado meditativo profundo. Não basta ficar em silêncio, cruzar as pernas e esperar que funcione. Tem de saber encontrar a posição confortável, aprender a respirar e a concentrar-se. Por mais simples que pareça, provavelmente não vai conseguir sozinho (tal como não deve tentar sozinho outras terapias).

Para começar, é recomendável fazer meditação guiada por um instrutor de meditação e mindfulness. Depois de encontrar o seu equilíbrio e souber como entrar nesse estado meditativo, já pode começar a fazer meditação sozinho, entre 5 a 10 minutos por dia, com todos os benefícios que isso acarreta. 

Apenas 5 a 10 minutos por dia? Sim, leu bem! Esse é mais um esterótipo que precisa de esquecer. Não é preciso ficar horas a meditar, sentado na mesma posição.  Fazer meditação regularmente, ainda que seja pouco tempo, é o suficiente para começar a sentir diferenças no estado de ânimo e melhorar o seu bem-estar. 

Que expectativas deve ter em relação à meditação?

Evidentemente, no início não vai conseguir controlar a sua respiração e meditar em 10 minutos. Isso é algo que vem com a experiência, como o conhecimento da sua mente e do seu corpo. Por outro lado, também não estamos a dizer que, se sofre de ansiedade ou depressão, a meditação vai substituir a sua medicação.

A meditação deve ser usada, em primeiro lugar, como um complemento à terapia. Depois, à medida que vai aprendendo a meditar e que os outros tratamentos evoluem, pode tornar-se num excelente tratamento de manutenção e, aí sim, substituir outros métodos e mesmo os ansiolíticos. No entanto, isto é algo que terá de discutir com o seu médico. 

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